quarta-feira, 24 de novembro de 2010

UM POUCO DE FILOSOFIA...


Tenho andado um pouco ausente do Blog por dois motivos: o primeiro deles é pela dificuldade de acesso à internet aqui em SGC, que é muito lenta e "irritante" e o segundo motivo, mais justificável, são os estudos. Atualmente estou terminando o primeiro semestre do Curso de Graduação em Filosofia e tenho me dedicado de corpo e alma às leituras recomendadas.

Este texto que explica porquê a coruja é a ave símbolo da Filosofia é muito interessante e por isso achei oportuno disponibiliza-lo aqui no blog.

Alguns podem estar se perguntando: Por que a Coruja é o símbolo da sabedoria e está sempre atrelada a filosofia? Se pensarmos um pouco na cultura grega, ou mais precisamente na sua mitologia, veremos que sempre acompanhada da deusa Athena está a coruja। Athena (Αθηνά) ou Palas Athená é a deusa da sabedoria e da justiça, filha do poderoso Zeus e Métis, deusa da prudência e a primeira esposa de Zeus. As aves são os seres mais próximos dos céus, logo, mais próximos dos deuses. Também é comum ver a soberana águia acompanhando sempre o portentoso Zeus, o mais poderoso dos deuses gregos.
A coruja demonstra uma alerta constante, é símbolo da vigilância, está sempre apta para sobreviver na noite e sempre atenta aos perigos da escuridão। Nas moedas mais antigas da Grécia é muito comum encontrarmos a figura desse animal tão prudente, talvez mostrando com isso que a cultura grega antiga estava sempre vigilante e a frente dos outros povos। Em grego coruja é gláuks “brilhante, cintilante”। Um dos epítetos da deusa Athena é “a de olhos gláucos”, ou seja, a que enxerga além do que todos vêem।
O filósofo alemão Friedrich Hegel em sua obra Filosofia do Direito ilustra muito bem a harmoniosa relação entre a coruja e a filosofia. Escreve ele: “A coruja de Minerva alça seu vôo somente com o início do crepúsculo”. O papel da filosofia é justamente elucidar o que não é claro ao censo comum, é alertar acerca da vida. O crepúsculo é o linear do dia pra coruja, enquanto cessamos nossas obras e nos recolhemos em nossos lares, a coruja “alça seu vôo” a trabalho. É a noite que a fascina, por isso seu nome em latim: Noctua, “ave da noite”. Não é a beleza o seu destaque, mas é a capacidade de ver o que aves diurnas não conseguem ver. Seu pescoço gira 360º, dando-lhe uma visão completa capacitando-a a ver o todo. É também uma ave de rapina, rápida na escolha, e que por vê a presa e não ser vista, sempre tem sucesso na caça, apanhando os despreparados e desprovidos que se arriscam na noite escura.
São essas as características que um filósofo deve possui. Enxergar o que outras pessoas não conseguem ver, ter uma visão do todo, ou seja, uma visão que abarque todos os ângulos da realidade. Deve ser capaz de articular os pensamentos contra seus adversários. É preciso raptar as bases dos argumentos dos oponentes. Também, deve-se raptar aqueles que estão se enveredando por caminhos de erros e por enxergarmos na noite quando outros não vêem, podemos ajuda-los e conduzi-los (pelo argumento) a desfechos virtuosos.
Sócrates é um fiel representante dessa relação coruja-filosofia, acusado de “raptar” jovens atenienses – pois enxergava a frente de seu tempo – foi condenado a morte. Diferente de Platão, também não era sua beleza que o projetava, mas sim sua inigualável sabedoria. Sócrates era mestre na argumentação, conduzia as pessoas à “darem a luz sua idéias”, ensinava nas praças e ruas, era um homem livre para expor seus argumentos que por muitas vezes ironizava o oponente. Era de fato uma figura “corujesca”, feia como uma coruja á luz do dia, mas sagaz como na noite. Que logo se levante homens de sabedoria alçando vôo na necessidade, que logo a Coruja de Minerva com seus olhos gláucos enxergue nesses dias de trevas soluções para uma vida voltada ao bem. Essa é uma das diversas correlações entre a coruja e a filosofia.

 




segunda-feira, 22 de novembro de 2010

AOS FLAMENGUISTAS!!

Dia 16 de novembro tivemos aqui em São Gabriel da Cachoeira o lançamento do livro "O renascimento de uma nação", do amigo e colega Marcos Paulo Santos de Oliveira, rubro negro apaixonado. Indiretamente tive uma modesta participaçao para a conclusão deste trabalho, pois tive o privilégio de ler o mesmo antes do nascimento...

O livro é uma cronica esportiva, onde o autor fala sobre a paixão dos torcedores pelo Flamengo e faz um estudo sobre como apoiar este que é um dos maiores times de futebol do mundo.

Cria de Marechal Hermes, subúrbio carioca, o autor é flamenguista e portelense de nascença; possui 52 saltos para-quedistas pelo Exército; tem uma 7.0 que dropava na praia da Macumba-RJ; atualmente mora na região amazônica, próxima à Venezuela e Colômbia.


Através de uma linguagem descontraída e envolvente, Marcus Paulo passeia através das glórias da Nação Flamenguista, contando histórias inusitadas que começam desde sua época de menino, em que pagava-se R$ 3,00 para entrar no Maracanã, até as vitórias mais recentes do rubro-negro carioca. Entre suas inúmeras aventuras como torcedor de futebol, o autor não deixa de fazer uma análise mais séria sobre os problemas do time, assim como de detalhar suas ideias a fim de propor soluções para o efetivo “Renascimento” da nação flamenguista.
Marcos Ferreira

Parabéns ao meu amigo Paulo e muito sucesso nesta carreira que se inicia; e que este seja apenas o primeiro...

Maiores informações no Blog www.caldeiraofla.com.br

UM PROJETO DIGNO DE SER DIVULGADO

A vida sempre nos reserva surpresas, e quando as surpresas são boas, merecem ser compartilhadas com os outros. Vejam este belo trabalho desenvolvido pelo amigo Ten Faria, aqui em São Gabriel. Um trabalho digno de ser elogiado e divulgado, pela sua grandeza e entrega pessoal. Realmente não estamos  aqui por acaso, cada dia me convenço mais disso...

todos tem uma missão a ser cumprida, pois como diria Sócrates, "a vida sem exame, não é digna de ser vivida"...

 EIS O SITE DO AMIGO DIVINO MIGUEL FARIA NETO, VALE A PENA CONFERIR...

Eu Amo Doar Biblias

PRÉDIO DESMORONA EM SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA, AMAZONAS, BRASIL, MAS TODOS SE SALVAM!

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PRÉDIO DESABA EM SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA - AM, MAS TODOS SE SALVAM!
      No dia 10 jan 10, caiu o primeiro “tijolo”, isto é, a Bíblia Sagrada, com a dis-tribuição da primeira no Bairro Miguel Quirino, completando no dia 22 out 10, 2.400 "tijolos" doados, no Bairro da Praia.

      A distribuição foi feita de casa em casa, para todos que a aceitaram de coração. O município de São Gabriel da Cachoeira é o 3º maior do Brasil, convivendo harmonio-samente entre si 23 etnias, com três dialetos oficiais. Comprovadamente, 90% da população de São Gabriel da Cachoeira é indígena.
VOCÊ GOSTARIA DE AJUDAR A RECONSTRUIR O PRÉDIO BÍBLICO ABAIXO?

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Junte-se a esta equipe!
Engenheiro responsável: o Deus, Criador de todas as coisas.
Advogado trabalhista: Jesus Cristo
.

Mestre-de-obra: você.
Operário: Divino

Observação: o novo prédio começará a "desmoronar" na Região Sudeste, no primeiro semestre de 2011, se Deus quiser!

Como você pode ajudar?

Doando qualquer quantia nas contas correntes abaixo:
Favorecido: DIVINO MIGUEL DE FARIA NETO

Banco do Brasil                    Banco Bradesco                         

Agência 4596-9                     Agência 3714-1
Conta: 910009043-9           Conta: 612107-1
Agência: 2893-2
Conta: 21960-6
Variação: 01 (POUPANÇA)
      Meu cadastro pode ser confirmado junto à Sociedade Bíblia do Brasil (08007278888) seção Belém, e a confir-mação da aquisição de 2.400 Bíblias deste dezembro de 2009.
      Este é um projeto sério, pois não devemos tomar o San-to nome de Deus em vão.
      "Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, por-que o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu no-me em vão". (Êxodo, Cap 20, v. 7).
      É UMA PROVA DE GRATIDÃO ETERNA AO CRIADOR E PRESERVADOR DA VIDA, QUE LIVROU-ME DA MORTE EM 1995, EM LUANDA - ANGOLA (MALÁRIA FALCIPARUM E PNEUMONIA), OCASIÃO EM QUE MORRERAM TRÊS COMPANHEIROS DO PRIMEIRO MAL.

      Você conhece alguém que recebeu uma nova chance, uma graça alcançada e não voltou para agradecer? Pois é, na época de Cristo, aconteceu:

      A CURA DE DEZ LEPROSOS (Lucas, Cap 17, vv 11 a 19)
      Resumo: Jesus curou 10 leprosos, e apenas um voltou para agradecer!!!
      V. 15: "Um dos dez, vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz".
      V. 17: Jesus perguntou: "Não foram dez os que foram curados? Onde estão os nove?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

20 DE SETEMBRO NA SELVA AMAZÔNICA


SEMANA FARROUPILHA 2010
- 175 ANOS DE HISTÓRIA –
“UNINDO RAÇAS E BANDEIRAS EM NOME DA TRADIÇÃO.”


POEMA EM HOMENAGEM À ABERTURA DA SEMANA FARROUPILHA 2010, ACENDIMENTO DA CHAMA CRIOULA NO MARCO ZERO DA LINHA DO EQUADOR, BR 307, TRECHO SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA – CUCUÍ, AMAZONAS.
Autor:  Ivonir Gonçalves Leher
Tantos anos se passaram
Da Epopéia Farrapa
Onde esta gente guapa
Fez surgir a nossa história...
Alicerçada nas glórias
De Bento e de Souza Netto
Que lá de cima, por certo
Abençoam este momento
E há entre nós, tantos Bentos
Que honram sua memória.

Rio Grande, terra lendária
De heróis desconhecidos
Rio Grande dos esquecidos
Do Brasil, uma identidade...
Rio Grande, Pátria e saudade
Que carregamos no peito
E exigimos respeito
Por tudo que já fizemos
Por esta Pátria, morremos
Em nome da liberdade.

E hoje, estamos aqui
Onde começa o Brasil
Nesta terra varonil
Bem na Linha do Equador...
Marco Zero, sol e suor
Desfraldando uma bandeira
Na Amazônia Brasileira
O Brasil é mais gaúcho
E “vamo agüentá o repuxo”
Pra mostrar nosso valor.



Marco Zero, linha do Equador, São Gabriel da Cachoeira – AM,  12 de setembro de 2010.


No dia 12 de setembro, em plena selva amazônica, no Hemisfério norte do Brasil, fizemos a abertura da Semana Farroupilha 2010. A linha imaginária do Equador, que divide o globo terrestre em 2 hemisférios, fica a aproximadamente 20 Km do centro de São Gabriel da Cachoeira, na BR 307, que liga este município à Cucuí. No local, desfraldamos a bandeira do Rio Grande, cantamos nosso hino e algumas canções gaúchas, li o poema acima, composto em homenagem a este histórico evento e acendemos a chama crioula, que ardeu no GRESSARNE ( Grêmio dos St Sgt do Alto Rio Negro) a semana inteira. No local estavam presentes nossos familiares, o presidente do clube Sgt Fabiani, Gen Jaborandy, comandante da 2ª Bda Inf Sl e tantos outros gaúchos e simpatizantes. Logo após, nos deslocamos em carreata pelas ruas da cidade, em sinal do mais puro amor pelas tradições da nossa Terra.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

DE VOLTA AOS FESTIVAIS


A Estância da Canção Gaúcha de São Gabriel, que já foi um dos maiores festivais de música do Rio Grande do Sul, está de volta, e com todo o seu brilho e sua força. A Prefeitura e a CTM, nesta parceria de sucesso, resgata das cinzas este baluarte da cultura do nosso Estado. A Estância sempre foi um grande evento, mas por motivos alheios à cultura e a arte gaúcha, deixou de ser por algum tempo... mas está de volta, como um Fênix que renasce das cinzas, com cara nova e nova energia. E eu, feliz uma barbaridade, também vou ter a honra de ajudar neste resgate. Mesmo longe da querência, estarei aí, em verso e em coração. 
"Meus olhos de carreteiro", uma chamarra, parceria nossa com o irmão e amigo de outras Estâncias, Luiz Felipe Cornel (Noninho), será uma das composições a subirem ao palco. Com este parceiro já participamos na 8ª, 9ª, 13ª e 14ª edições do festival e estamos lá de novo, com a graça de Deus. Parabéns meu amigo pela classificação e estarei torcendo por vocês, aqui do outro lado do Brasil.

As músicas classificadas para a 17ª estância da Canção Gaúcha, de 2010.

“Depois das Léguas da Carreteira” (Milonga)
Letra: Osmar Proença
Música: Igor Silveira

“Dos Meus” (Chamarra)
Letra: Dalvan Medina
Música: Diego Vivian

“Flor de Porongo” (Milonga)
Letra: Edilberto Teixeira (in memorian)
Música: Carlos Cléber Dias Leal / Matheus Leal

“Lembranças” (Chamarra)
Letra: Ilo Bicca Neto
Música: Aroldo Torres e Ademo Rieffel

“Me Toca Um Xote” (Xote)
Letra: Francisco Luzardo
Música: Jean Pablo Machado

“Meus Olhos de Carreteiro” (Chamarra)
Letra: Ivonir Leher
Música: Luis Felipe Cornel Rodrigues

“Milonga do Interiorano” (Milonga)
Letra: Francisco Luzardo
Música: Jean Pablo Machado

“O Sustento Para Os Meus” (Rasguido Doble)
Vencedora do Canto da Terra
Letra: Osmar Proença
Música: Humberto Machado / Ita Cunha

“Trazendo Trechos nos Ombros” (Valsa)
Letra: Emerson da Silveira Fernandes
Música: Emerson Fernandes / Mateus Neves

“Vanereando” (Vaneira)
Letra e Música: Eugênio Simonetto

“Ao Meu Picanço Arapuca” (Milongão)
Letra: Henrique Fernandes / Gilberto Lamaison
Música: Gabriel Lucas dos Santos (Não-Me-Toque-RS)

“Ares de Milonga” (Milonga)
Letra: Eron Carvalho (Santa Maria-RS)
Música: João Chagas Leite (Santa Maria-RS)

“Banhado Grande” (Milonga)
Letra: Heleno Cardeal (Santo Antonio da Patrulha-RS)
Música: Pedro Guerra (Porto Alegre-RS)

“Campeira” (Milonga)
Letra: Erlon Péricles / Duca Duarte (Porto Alegre-RS)
Música: Erlon Péricles / Duca Duarte (Porto Alegre-RS)

“Eu e Meu Cavalo” (Chacarera)
Letra: Angelo Franco (Porto Alegre-RS)
Música: Angelo Franco (Porto Alegre-RS)

“Lá no Rincão dos Bocó” (Vaneira)
Letra: Tadeu Martins (Santo Angelo-RS)
Música: Érlon Péricles (Porto Alegre-RS)

“Meus Chasque Não Tem Floreio” (Chamarra)
Letra: André Oliveira (São Gabriel-RS)
Música: Luciano Maia (Porto Alegre-RS)

“Motivos” (Valsa)
Letra: Fábio Prates / Mauro Dias / Zeca Alves (Santa Maria-RS)
Música: Fábio Prates (Santa Maria-RS)

“No Osso do Peito” (Milonga)
Letra e Música: Mauro Moraes (Porto Alegre-RS)

“O Homem das Tropas” (Chimarrita)
Letra: Xirú Antunes (Pelotas-RS)
Música: Luciano Maia (Porto Alegre-RS)

“Pitaluga de Luzeiro” (Chamarra)
Letra: Rafael Chiapeta (Cachoeira do Sul-RS)
Música: Lisandro Amaral / Guilherme Collares (Bagé-RS)

“Ponta de Lança” (Chamarra)
Letra: Márcio Nunes Correa / Hélvio Luis Casalinho
Música: Márcio Nunes Correa / Fabiano Bacchieri

“Pra Encilhar Caminhos”(Chamamé)
Letra: Mário Amaral (Marabá-PA)
Música: Tuny Brum (Santa Maria-RS)

“Respeito” (Milonga)
Letra: Adriano Alves (Dom Pedrito-RS)
Música: Jari Terres (São Gabriel-RS)

“Segunda-Feira Bem Cedo” (Chamarra)
Letra: Rogério Villagran (Lagoa Vermelha-RS)
 

DE ITAQUI À SÃO GABRIEL

Mesmo distante, sigo acompanhando as coisas da minha terra, e hoje destaco a iniciativa do valente Grupo Tradicionalista de Cavalgada (GTC) Sepé Tiaraju, que resgata esta que é uma das mais bonitas e autênticas formas de preservar nossa tradições e nossos costumes. Partindo da lendária Itaqui, com destino à São Gabriel, estes bravos cavalarianos conduzirão a Chama Crioula do Rio Grande do Sul.

A trecho percorrido, uma homenagem. A Cavalgada chegará em São Gabriel no dia 7 de setembro,  encerrando o Desfile da Semana da Pátria. Ao chegar em solo gabrielense, prestarão uma homenagem a Italmir Maldonado Chaves, falecido este ano. A seguir, será entregue a fagulha da Chama Crioula de 2010 aos representantes das cidades de Santana da Boa Vista,  Caçapava do Sul e outros municípios. 

O integrante Edison Luis Martins Perlin, o Edinho Perlin, músico e radialista lá das bandas do Itaqui, mas hoje cidadão gabrielense  notando que o ato de cavalgar deveria ter algum sentido, propôs homenagear cada trecho com o nome de pessoa ilustre que contribuiu com o Movimento tradicionalista, e assim foi montado o percurso:

1. Gentil Antonio Weber (in memorian), 31Km
2. Italmir Maldonado Chaves (in memorian), 30Km
3. José Bonifácio Lederhós (in memorian), 30Km
4. José Machado (in memorian), 28Km
5. Élbio Munhoz (in memorian), 36Km
6. Mauro Pinto (in memorian), 31Km
7. Erminio Goddoy (in memorian), 33Km
8. Homero Laureano (in memorian), 35Km
9. Turibio Teixeira Machado (in memorian), 29Km
10. Orestes Goulart (in memorian), 27Km

O Grupo, foi fundado em 10 de maio de 2005 por Adalberto M. Cavalheiro, Armando P. Marques, Clóvis Gabriel M. Weber, Haroldo Francisco F. Dubois, Luis Paulo R. Pereira e Marco Antonio R. Moreira.

O GTC Sepé Tiaraju, é uma sociedade, fundada sem fins lucrativos, filiado ao MTG e CTM de São Gabriel, onde foi acolhido por seus fundadores vários tradicionalistas oriundos de CTGs, PTGs e amigos não ligados aos movimentos que sentiam falta de organização de cavalgadas pela pampa Riograndense.

Conforme Decreto Executivo Municipal 169/2006, assinado pelo Prefeito Municipal nos usos de suas atribuições é criada a Chama da Tradição, como homenagem ao Índio Sepé Tiaraju, que foi acesa no dia 25 de agosto de 2006 na cabeceira da Sanga da Bica, sendo carregada em todas as cavalgadas oficiais realizadas pelo GTC Sepé Tiaraju e deverá ficar acesa diuturnamente.

O GTC foi declarado entidade de Utilidade Pública Municipal pela Lei nº 2975 de 30 de outubro de 2006. Há anos, a entidade vem também participando dos concursos da Reculuta Municipal, conseguindo destaque crescente nos últimos anos.

A estes bravos da minha querência, nossa homenagem e votos de sucesso nesta jornada!

FONTE DE CONSULTA: BLOG CONTEXTO ONLINE http://www.revistacontextosg.com/, DO JORNALISTA MARCELO RIBEIRO.
 

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

SAINDO DA "CAVERNA"...

Platão viu a maioria da humanidade condenada a uma infeliz condição. Imaginou (no Livro VII de A República, um diálogo escrito entre 380-370 a.C.) todos presos desde a infância no fundo de uma caverna, imobilizados, obrigados pelas correntes que os atavam a olharem sempre a parede em frente. O que veriam então? Supondo a seguir que existissem algumas pessoas, uns prisioneiros, carregando para lá para cá, sobre suas cabeças, estatuetas de homens, de animais, vasos, bacias e outros vasilhames, por detrás do muro onde os demais estavam encadeados, havendo ainda uma escassa iluminação vindo do fundo do subterrâneo, disse que os habitantes daquele triste lugar só poderiam enxergar o bruxuleio das sombras daqueles objetos, surgindo e se desafazendo diante deles. Era assim que viviam os homens, concluiu ele. Acreditavam que as imagens fantasmagóricas que apareciam aos seus olhos (que Platão chama de ídolos) eram verdadeiras, tomando o espectro pela realidade. A sua existência era pois inteiramente dominada pela ignorância (agnóia).

Se por um acaso, segue Platão na sua narrativa, alguém resolvesse libertar um daqueles pobres diabos da sua pesarosa ignorância e o levasse ainda que arrastado para longe daquela caverna, o que poderia então suceder-lhe? Num primeiro momento, chegando do lado de fora, ele nada enxergaria, ofuscado pela extrema luminosidade do exuberante Hélio, o Sol, que tudo pode, que tudo provê e vê. Mas, depois,
reprodução (estátua de Rodin)
   Livre é quem pensa
aclimatado, ele iria desvendando aos poucos, como se fosse alguém que lentamente recuperasse a visão, as manchas, as imagens, e, finalmente, uma infinidade outra de objetos maravilhosos que o cercavam. Assim, ainda estupefato, ele se depararia com a existência de um outro mundo, totalmente oposto ao do subterrâneo em que fora criado. O universo da ciência (gnose) e o do conhecimento (espiteme), por inteiro, se escancarava perante ele, podendo então vislumbrar e embevecer-se com o mundo das formas perfeitas. 


Aos que andavam sentindo minha ausência, eis a resposta!! Aos poucos estou me libertando da "caverna"...
Depois de tanto tempo, voltei aos estudos e estou me dedicando de corpo  e alma aos estudos da "Ciência Universal" como diziam os antigos gregos, a fascinante Faculdade de Filosofia. Mas, assim que for possível, estarei postando novidades.


Grande abraço!!!!

domingo, 18 de julho de 2010

SR. BRASIL - FINALMENTE UM PROGRAMA DE QUALIDADE NA TV BRASILEIRA


Rolando Boldrin
Rolando Boldrin nasceu em São Joaquim da Barra, interior de São Paulo, em 22 de Outubro de 1936. Aos sete anos, já tocava viola e, aos 12, formando com um irmão a dupla "Boy e Formiga", fazia sucesso no rádio de sua cidade. Incentivado pelo pai, resolveu tentar a sorte na capital, onde trabalhou como sapateiro, frentista, carregador e garçom, antes de se firmar como artista.
Estreou na carreira musical nos anos de 1960, participando de um disco da cantora Lurdinha Pereira, que logo se tornou sua esposa e produtora de seus discos. Foi pioneiro na realização de programas de televisão dedicados a musica brasileira autentica, de inspiração regional, diferenciada da musica sertaneja de consumo: Som Brasil (TV Globo), Empório Brasil (TV Bandeirantes) e Empório Brasileiro (SBT).
Seu repertório de canções caipiras reúne cateretês, toadas e modas, compondo cuidadosa seleção do que há de melhor na musica brasileira de enfoque rural. Entre sua discografia destacam-se: O Cantado, 1974; Violeiro, 1982 (em dupla com Ranchinho, Cascatinha, Corumbá e outros); Empório Brasileiro, 1984; Resposta do Jeca Tatu, 1989; e Disco da moda, 1993.
Sintetizou a experiência profissional na realização de "teatros musicados", espetáculos em que seu personagem se transforma em ator, cantador, poeta, interprete e contador de "causos": Palavrão, show com a Banda de Pau e Corda (1974), Teatro de quintal (1975), Paia... assada (1987) e Brasil em preto e branco (1993 e 1994) foram consagrados pelo publico e pela critica. No radio, criou o programa Violas de Repente, apresentado na Rádio Jornal de São Paulo (1980 e 1981) e na Rádio Globo (1982). Destacou-se também no cinema, premiado pela APCA por sua participação no filme Doramundo (1978), de João Batista de Andrade.
Atualmente, Rolando Boldrin desenvolve um projeto chamado "Vamos tirar o Brasil da Gaveta", que visa resgatar os autênticos valores brasileiros e todas as suas formas de expressão. Sr. Brasil surge como um paralelo deste projeto, já que a cultura do nosso país é o tema dominante.
Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira
Acervo TV Cultura
Art Editora e PubliFolha

Sr. Brasil por Rolando Boldrin

"A base do programa Sr. Brasil são os ritmos e temas regionais brasileiros. E vale tudo já escrito em prosa, verso e música - e até história a ser contada.
O programa é vasto, aberto, receptivo. Ele só não se permite o que não seja genuinamente nacional.
E aí entram discussões infindáveis. Porque além do charme da metrópole, muita coisa existe para confundir a identidade brasileira, incluindo-se os interesses comerciais. Por exemplo, musica sertaneja e musica caipira.
Coisa danada pra confundir. Entenda-se por musica sertaneja de alto consumo aquela que, originária da caipira, foi se vendendo aos poucos, perdendo suas características em função do apelo comercial. Envergonhada da sua condição de matuta, botou roupa de cowboy, postura madrilena e ritmo de guarânia.
Porque simples, aberto, despojado, sem rigidez de estrutura, Sr. Brasil tem uma proposta absoluta e propositadamente fechada a exemplo dos programas anteriores de Rolando Boldrin "Som Brasil", "Empório Brasil" e outros. Aqui só entram as manifestações da cultura regional brasileira.
A idéia do projeto é não ter qualquer preconceito contra intérprete ou ritmo. Os nossos materiais são os ritmos e os temas brasileiros. Se tivermos que colocar algo, vamos colocar o nosso. Pode ser até um projeto pretensioso, audacioso. Mas é a idéia. O programa não é rígido em termos de intérprete. Onde ele se fecha e na seleção musical, repertório, na sua concepção. Na prática, o seu leque é amplo, bastante abrangente. Não é só música caipira. São as manifestações regionais. Nele cabem, o Renato Teixeira, o Milton Nascimento, o Dominguinhos, o Chico Buarque, a Diana Pequeno, uma lista enorme de pessoas que fazem um trabalho ligado á cultura popular brasileira.
Nem só isso. Entram causos, trechos de autores brasileiros- inclusive os clássicos -, dança, peças de teatro, documentários (de importância ecológica), curtas etc. Mais uma lista infindável, levando-se em conta a riqueza cultural e natural do Brasil, um país que por sua extensão e variedade, seria mais corretamente reconhecido como continente.
Mas a idéia central é de um musical. Embora tenha, em determinados momentos esses vários temas. É um velho no interior de Minas que crava viola à mão. Mas ele também canta. Quer dizer, uma informação que se insere na proposta do programa."

"Não há país no mundo igual ao Brasil. Somos a mistura mais maravilhosa da Terra."
Rolando Boldrin

FONTE SITE DA TV CULTURA

terça-feira, 13 de julho de 2010

"RASGANDO A GAITA"

Este é o título do primeiro CD do amigo e parceiro HUMBERTO MACHADO, já disponível. Gaiteiro bueno barbaridade, já atuou em grandes grupos musicais, como OS MIRINS e MDS. Baixei o CD pela internet, já que não recebi o original ainda (detalhes de se viver isolado do resto do Brasil), mas é de fundamento, bem fandangueiro, bem ao estilo do Humberto. Tem uma música de nossa autoria, LÁ NO CANDOCA, letra minha, música do Humberto e do Ita Cunha. Parabéns meu irmão por este trabalho inaugural e sucesso pra ti.

terça-feira, 22 de junho de 2010

FESTAS JUNINAS EM SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA



Neste mês de junho, a cidade de SGC esteve movimentada e dançou ao ritmo de animadas quadrilhas juninas, onde a comunidade escolar pode mostrar todo seu entusiasmo e alegria. Estive em dois desses eventos, o primeiro no Colégio São Gabriel (acima) e mais recentemente na Escola Dom Bosco (abaixo).

Como sempre tenho comentado neste espaço, o povo de São Gabriel da Cachoeira é muito animado e sempre tem um bom motivo para fazer a festa, foi assim no Natal, no Ano Novo, nas comemorações da Semana Santa e agora na Festa Junina, onde as ruas da cidade, os locais de comércio e as escolas se enfeitam e ganham milhares de bandeiras coloridas.

Outro evento que está movimentando a cidade, é a Copa do Mundo de 2010, com ruas e casas enfeitadas nas cores da seleção, mas isso é outro assunto...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

LEITURA RECOMENDADA

Para aqueles que gostam de uma leitura de bom gosto e de se manterem informados sobre as coisas do nosso Rio Grande, recomendo o Blog do poeta e radialista lá da primeira capital Farroupilha, Piratini, o grande Juarez Machado de Farias, autor de grandes páginas da nossa música nativista.

Confiram e me digam depois!!!
 http://juarezmachadodefarias.blogspot.com/

A BOA MÚSICA DAS MISSÕES

Fiquei muito feliz pela notícia que meu grande amigo e parceiro JORGE LEAL, cantor de fundamento lá da minha São Gabriel das carretas acaba de lançar mais um CD, seu primeiro disco solo, QUANDO ENTONO MEU CANTO. Produzido, gravado e com os arranjos primorosos do competente músico e maestro Nelcy Vargas, o CD é mais uma obra prima deste grande cantor fronteiriço que tem a alma das missões nas cordas do pinho e na garganta.

Mais feliz ainda, por ter duas obras de nossa autoria integrando este trabalho, COM O CORAÇÃO NA GUITARRA (parceria com o Jorge Leal) e VISAGENS DE CAMPO (letra minha e música do meu grande amigo Luiz  Felipe Cornel, noninho), música esta regravada e com um novo arranjo, pois já foi gravada anteriormente pelo Evandro Marques.

Visagens de Campo, conta ainda com a bonita participação nos vocais da Cássia Leal, filha do Jorge. 

Parabéns grande amigo, por mais este belo trabalho que muito nos orgulha e por tanto contribuir com a cultura missioneira deste nosso velho Rio Grande de São Pedro.

Faixas:
01- Com o coração na guitarra
02- Sangue mestiço
03- Canto para um pescador
04- Adeus morena
05- Quando entono meu canto
06- Romance do batara
07- Recuerdo de bela Vista
08- Visagens de campo
09- Recuerdo posteiro
10- A milonga é uma prece


Com o coração na guitarra

Só quem conhece o meu canto
Sabe das coisas que falo
Pois tem o timbre dos galos
Da velha casta imortal.
Meu canto é universal
Por cantar minhas razões
Sou a alma das Missões
Na garganta de um “zorzal”.

Canto liberto e sincero
Sem lenço, pátria ou bandeira
Matiz da terra vermelha
Sobre o lombo de um paisano.
Soy latino americano
Com sotaque Guarany
E trago em “mongaray”
Che M’baraca” campejano.

Para afogar minhas ânsias
Há muito trago comigo
Este violão amigo
Cinchando as franjas do pala.
É a própria alma que fala
O mais puro sentimento
Pois tenho os olhos p’ra dentro
E o coração na guitarra.

Quando o dia cerra os olhos
Sombreando as casas e o campo
E os grilos e pirilampos
Habitam a noite campeira.
Minh’alma xucra e matreira
Me faz cantar opinando
E sou um condor do altiplano
Guardando a velha fronteira.

Por isso que canto forte
E abro as cancelas do peito
Cantando sem preconceito
Este chão aonde piso.
Rio Grande do tempo antigo
Que herdei dos meus ancestrais
Legenda dos imortais
Que levo sempre comigo.

Palavras extraídas do idioma Guarany:
Zorzal – Cardeal
Mongaray - Mãos abençoadas
Che M’baraca – Meu violão