quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Buena visita...


Esta semana recebi a visita do grande amigo e parceiro de tantas composições Luiz Felipe Cornel, atualmente residindo em Rosário do Sul. Na foto, ladeados pelos "herdeiros" Pedro Henrique Leher, Lucas Rodrigues (esse guri vai ser dos bueno, toca e canta barbaridade) e meu artista Carlos Eduardo (Cadu). Preparativos para a 16ª Estância da Canção Gaúcha.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos II



Ivonir Leher tem mais um trabalho selecionado pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores, do Rio de Janeiro. O poema "Quase..." será publicado na edição de nº 50, (edição comemorativa).

O poema das horas


O senhor do tempo embala as noites...
suspenso na parede
de seu trono pendurado
rege o sono dos plebeus.

tic,tac,tic, tac,tic, tac...
repousam nos ponteiros
o mutismo tétrico das horas.

os duendes, jogam cinzas nos olhos...
fantasmas jogam paciência no porão...

O senhor do tempo embala as noites...
na sala grande, as almas dançam valsa.

Horas mortas.
Minutos vivos.
Segundos ávidos pelo raiar do sol.

Tic, tac, tic, tac, tic, tac...
Cronos deixou cair a ampulheta.
( edição nº 49)

Quase


Quase quebrou-se o cristal do sonho...
em gotas que nascem
das janelas da alma.
essas cascatas miudas...

O circulo da vida inaugura fases
o sonho converge aos olhos dos loucos...

Quase.
quase perdi a carruagem do tempo
nas patas ligeiras dos corcéis de vento...

O relógio pendurado na parede desnuda
conta as horas para o infinito.

Em passos lentos, o ponteiro grande
cadencia as horas em seu mutismo cronológico.

Quase perdi a carruagem do tempo
mas, ela estava atrasada.

Quase!

(edição nº 50)