domingo, 28 de março de 2010

CASAL REAL DA SUÉCIA EM SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA



Amigos, estive ausente por estes dias em virtude dos preparativos  para a visita do Casal Real da Suécia à guarnição militar de São Gabriel da Cachoeira, AM. O rei Carl XVI Gustav e a rainha Silvia, acompanhados do Ministro da Defesa Nelson Jobim, do Comandante do Exército Gen Enzo, Gen Matos, comandante do CMA e demais autoridades  civis e militares do Brasil e da Suécia visitaram a 2ª Bda Inf Sl nos dias 27 e 28 de março. Durante a visita, o Casal Real pode ver de perto como vivem as comunidades indígenas, presenciaram o trabalho dioturno das Forças Armadas na fronteira do Brasil, conheceram o artesanato local (foto acima)  e assistiram a instruções sobre a vida na selva (foto abaixo). Sempre com um sorriso estampado no rosto, sua majestade a rainha Silvia conquistou a simpatia do povo e foi muito bem recebida.

Sílvia da Suécia (Heidelberg, 23 de dezembro de 1943) é a rainha consorte do rei Carlos XVI Gustavo da Suécia e a mãe da herdeira aparente ao trono, a princesa Vitória.
Sílvia Renate Sommerlath é a mais nova dos três irmãos e filha do empresário alemão Walther Sommerlath, que se tornou presidente da subsidiária brasileira da metalúrgica sueca Uddeholm, e de sua esposa, Alice Soares de Toledo, uma brasileira de origem portuguesa e espanhola. Alice, natural de Porto Feliz, era descendente dos primeiros exploradores portugueses, chegados ao Brasil ainda no século XVI.
Sílvia nasceu na cidade de Heidelberg, na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, e seu pai era um membro do Partido Nazista. Depois da guerra, sua família mudou-se para o Brasil, e Sílvia morou em São Paulo entre 1947 e 1957, portanto dos quatro aos catorze anos de idade. Depois, sua família retornou à Alemanha.
Em 1963, ela termina seus estudos secundários em Düsseldorf. Em 1969, graduou-se em Interpretação em Munich, especializando em Língua Espanhola.
No início dos anos 1970, Silvia Sommerlath trabalhou junto ao consulado argentino em Munique, durante os Jogos Olímpicos de Verão de 1972. Trabalhou como diretora do Protocolo dos Jogos de Inverno em Innsbruck, na Áustria, e, brevemente, como comissária de bordo.
Intérprete, Sílvia fala seis línguas: sueco, alemão, francês, espanhol, português e inglês. Alem disso, a Rainha é muito fluente na língua de sinais para deficientes auditivos.
Nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972, Sílvia Sommerlath conheceu o então Príncipe Herdeiro Carlos Gustavo da Suécia. Numa entrevista seguinte, o futuro rei lhe disse que eles combinavam bem.
Com a morte do rei Gustavo VI Adolfo em 14 de setembro de 1973, Carlos Gustavo foi coroado rei, cinco dias depois. Ele e Sílvia anunciaram seu noivado em 12 de março de 197619 de junho, na Catedral Storkyrkan, Estocolmo. Foi o primeiro casamento de um monarca sueco reinante desde 1797. e casaram-se três meses mais tarde, em
Carlos XVI Gustavo da Suécia (nascido: Carl Gustaf Folke Hubertus Bernadotte; Palácio de Haga, Solna, 30 de Abril de 1946) é o atual rei, e, consquentemente, chefe de Estado do Reino da Suécia. Filho do Príncipe Gustavo Adolfo, Duque de Västerbotten e da Princesa Sibila de Saxe-Coburgo-Gota, Carlos XVI Gustavo era neto de Gustavo VI Adolfo, a quem sucedeu em 15 de Setembro de 1973.






domingo, 21 de março de 2010

NAS NOITES LONGAS DE UM TEMPO ANTIGO...


Navegavam esses potros
pelo mar verde das coxilhas...
eram naus douradilhas,
zainas, mouras, tordilhas...

e seus comandantes
brandiam espadas em gritos de guerra.
e traziam endereços de morte
em suas lâminas...

Seus corações eram blocos de mármore
enclausurados em armaduras
de pele, carne e aço.
e seus impérios eram os domínios
de suas estâncias
e as sesmarias orelhanas
deste continente.

Por detrás dos postigos,
olhares de medo varavam lonjuras....
e bocas aflitas
repetiam preces em toscos altares.
e mãos delicadas
dedilhavam terços no silêncio das noites.

Sofrenavam cavalos
em noites de lua
sob as asas dos cinamomos...
para entregar recados
em gumes de vento.

E passos apressados rangiam
nas tábuas...
e trêmulas mãos corriam ferrolhos...
e trancas de angico cruzavam nas portas.

essas noites antigas
alongavam eternas horas...
o tempo parava na respiração dos aflitos.

quinta-feira, 11 de março de 2010

LUA DOS POETAS...

A noite sangra palavras

Na ferida da poesia

E dá vida à fantasia

Que a alma em si trás guardada.



Em rimas entrelaçadas

Alça o seu voo liberto

E ganha as asas do verso

Sob o céu das madrugadas.



E a lua, enamorada
Dos poetas, deusa encantada

É sua cúmplice nesta hora...




Por vezes ri, outras chora

E em silêncio vai embora

Quando o poema se acaba.
Ivonir Gonçalves Leher, SGC-AM, 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

A CABANA, o melhor livro que já li


Ganhei este livro do meu compadre, amigo, companheiro de leitura e irmão de espírito Alex Glaudecir Brum. Nas palavras dele, um livro especial que eu precisava ler. No meu aniversário no mês de outubro do ano passado, pouco antes de mudar-me para o Amazonas, ele me deu este presente. Devido à falta de tempo pude ler o livro somente nesta semana. Trata-se de uma história que mexe no mais fundo das nossas emoções. O canadense  William P. Young conta a experiência de Mack, um homem simples que tem sua filinha sequestrada e morta, seu corpo nunca mais é encontrado. Tomado por uma grande tristeza, um dia ele recebe um bilhete de Deus, convidando-o para um encontro...

Na minha opinião de leitor, uma obra que todas as pessoas deveriam ler, que todos deveriam dar de presente, como sinal de uma grande amizade.

Obrigado meu amigo por tua amizade e por este presente, agora percebo por quê me deste este livro...

segunda-feira, 8 de março de 2010

CÉU, SOL, SUL, TERRA E COR...um hino de amor ao Rio Grande do Sul

 + 07.03.2010

Eu quero andar nas coxilhas
Sentindo as flexilhas das ervas do chão,
Ter os pés roseteados de campo,
Ficar mais trigueiro com o sol de verão.
Fazer versos cantando as belezas
Desta natureza sem par.
E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar
(E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar!)


É o meu Rio Grande do Sul
Céu, sol, sul, terra e cor!
Onde tudo o que se planta cresce
E o que mais floresce é o amor.
É o meu Rio Grande do Sul
Céu, sol, sul, terra e cor!
Onde tudo o que se planta cresce
E o que mais floresce é o amor.
(Onde tudo o que se planta cresce
E o que mais floresce é o amor!)


Eu quero me banhar nas fontes
E olhar horizontes com Deus,
E sentir que as cantigas nativas
Continuam vivas para os filhos meus.
Ver os campos florindo e
Crianças sorrindo felizes a cantar!
E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar
(E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar!)


Cantemos baixinho este Hino, em sinal de respeito a este  grande artista, que atendeu ao chamado do Homem do Pala Branco...

Descanse em paz. A homenagem de todos os Gaúchos que estão longe da querência.

ESTRADAS E VIOLAS, pra quem tem dentro do peito, um coração estradeiro...



Tenho por diante
Léguas de estrada
E o pó dos caminhos
Sobre o meu chapéu...

Tenho restos de sonhos
A brisa do vento
E o canto das aves
Que singram o céu.

No bojo da viola
Encerro tristezas
Saudades e medos
Colhidos na vida...

E um tempo presente
Na vida da gente
Ponteando segredos
Na estrada comprida.

De estrada em estrada
Não resta mais nada
E a minha morada
É em qualquer lugar...

E a viola consola
Um peito que chora
Na moda que agora
Me ponho a cantar.

Ivonir Gonçalves leher, homenagem aos violeiros deste Brasil.

quinta-feira, 4 de março de 2010

A SEDE DO RIO, UM POEMA PARA O RIO NEGRO


A SEDE DO RIO
O rio imenso chora sua sede
O sol escaldante bebeu suas águas
E as pedras brotaram
Em sua extensão...

Nos bancos de areia
Sentam-se as aves,
Pra pescar seus peixes e matar sua fome...
Que pena do homem,
Que vive do rio!

Nas águas escuras
Mil barcos navegam,
Bongôs e canoas
E balsas gigantes.

Motores potentes, frágeis rabetinhas
Crianças e velhos neste vai e vem
Que pena de quem,
Depende do rio!

Lá se foi novembro
E dezembro também...
Cruzou o janeiro,
Tão seco e tão quente.

Fins de fevereiro e o céu abre as portas,
E chora seu choro
Inundando a floresta.

O sorriso se abre no rosto do índio
E da gente sofrida que espera paciente,
A seiva da vida,
Nas chuvas de março.

Ivonir Gonçalves Leher - março de 2010.