Onde mora a solidão
Numa casinha pequenina
Bem no alto da colina
Na encosta do espigão.
Deixei meu carro de boi
Que cantava no estradão
Um pé de jacarandá
E uma rede pra “embalá”
A saudade do sertão.
Deixei tudo o que eu tinha
Corri atrás da ilusão
Só não deixei minha viola
Pois é ela quem consola
A dor do meu coração.
Lá detrás daquela serra
Onde mora a solidão
Ainda canta o sabiá
E seu canto me faz sonhar
Com as tardes de verão...
Que eu buscava água no poço
Punha lenha no fogão
E tocava alguma moda
Ou tirava um dedo de prosa
Com meu pai e meu irmão...
Um dia eu volto pra lá
Cantando uma velha canção...
Volto com minha viola
Pois é ela quem consola
A dor do meu coração.
Ivonir Gonçalves Leher, SGC, julho 2010
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