quarta-feira, 25 de agosto de 2010

DE VOLTA AOS FESTIVAIS


A Estância da Canção Gaúcha de São Gabriel, que já foi um dos maiores festivais de música do Rio Grande do Sul, está de volta, e com todo o seu brilho e sua força. A Prefeitura e a CTM, nesta parceria de sucesso, resgata das cinzas este baluarte da cultura do nosso Estado. A Estância sempre foi um grande evento, mas por motivos alheios à cultura e a arte gaúcha, deixou de ser por algum tempo... mas está de volta, como um Fênix que renasce das cinzas, com cara nova e nova energia. E eu, feliz uma barbaridade, também vou ter a honra de ajudar neste resgate. Mesmo longe da querência, estarei aí, em verso e em coração. 
"Meus olhos de carreteiro", uma chamarra, parceria nossa com o irmão e amigo de outras Estâncias, Luiz Felipe Cornel (Noninho), será uma das composições a subirem ao palco. Com este parceiro já participamos na 8ª, 9ª, 13ª e 14ª edições do festival e estamos lá de novo, com a graça de Deus. Parabéns meu amigo pela classificação e estarei torcendo por vocês, aqui do outro lado do Brasil.

As músicas classificadas para a 17ª estância da Canção Gaúcha, de 2010.

“Depois das Léguas da Carreteira” (Milonga)
Letra: Osmar Proença
Música: Igor Silveira

“Dos Meus” (Chamarra)
Letra: Dalvan Medina
Música: Diego Vivian

“Flor de Porongo” (Milonga)
Letra: Edilberto Teixeira (in memorian)
Música: Carlos Cléber Dias Leal / Matheus Leal

“Lembranças” (Chamarra)
Letra: Ilo Bicca Neto
Música: Aroldo Torres e Ademo Rieffel

“Me Toca Um Xote” (Xote)
Letra: Francisco Luzardo
Música: Jean Pablo Machado

“Meus Olhos de Carreteiro” (Chamarra)
Letra: Ivonir Leher
Música: Luis Felipe Cornel Rodrigues

“Milonga do Interiorano” (Milonga)
Letra: Francisco Luzardo
Música: Jean Pablo Machado

“O Sustento Para Os Meus” (Rasguido Doble)
Vencedora do Canto da Terra
Letra: Osmar Proença
Música: Humberto Machado / Ita Cunha

“Trazendo Trechos nos Ombros” (Valsa)
Letra: Emerson da Silveira Fernandes
Música: Emerson Fernandes / Mateus Neves

“Vanereando” (Vaneira)
Letra e Música: Eugênio Simonetto

“Ao Meu Picanço Arapuca” (Milongão)
Letra: Henrique Fernandes / Gilberto Lamaison
Música: Gabriel Lucas dos Santos (Não-Me-Toque-RS)

“Ares de Milonga” (Milonga)
Letra: Eron Carvalho (Santa Maria-RS)
Música: João Chagas Leite (Santa Maria-RS)

“Banhado Grande” (Milonga)
Letra: Heleno Cardeal (Santo Antonio da Patrulha-RS)
Música: Pedro Guerra (Porto Alegre-RS)

“Campeira” (Milonga)
Letra: Erlon Péricles / Duca Duarte (Porto Alegre-RS)
Música: Erlon Péricles / Duca Duarte (Porto Alegre-RS)

“Eu e Meu Cavalo” (Chacarera)
Letra: Angelo Franco (Porto Alegre-RS)
Música: Angelo Franco (Porto Alegre-RS)

“Lá no Rincão dos Bocó” (Vaneira)
Letra: Tadeu Martins (Santo Angelo-RS)
Música: Érlon Péricles (Porto Alegre-RS)

“Meus Chasque Não Tem Floreio” (Chamarra)
Letra: André Oliveira (São Gabriel-RS)
Música: Luciano Maia (Porto Alegre-RS)

“Motivos” (Valsa)
Letra: Fábio Prates / Mauro Dias / Zeca Alves (Santa Maria-RS)
Música: Fábio Prates (Santa Maria-RS)

“No Osso do Peito” (Milonga)
Letra e Música: Mauro Moraes (Porto Alegre-RS)

“O Homem das Tropas” (Chimarrita)
Letra: Xirú Antunes (Pelotas-RS)
Música: Luciano Maia (Porto Alegre-RS)

“Pitaluga de Luzeiro” (Chamarra)
Letra: Rafael Chiapeta (Cachoeira do Sul-RS)
Música: Lisandro Amaral / Guilherme Collares (Bagé-RS)

“Ponta de Lança” (Chamarra)
Letra: Márcio Nunes Correa / Hélvio Luis Casalinho
Música: Márcio Nunes Correa / Fabiano Bacchieri

“Pra Encilhar Caminhos”(Chamamé)
Letra: Mário Amaral (Marabá-PA)
Música: Tuny Brum (Santa Maria-RS)

“Respeito” (Milonga)
Letra: Adriano Alves (Dom Pedrito-RS)
Música: Jari Terres (São Gabriel-RS)

“Segunda-Feira Bem Cedo” (Chamarra)
Letra: Rogério Villagran (Lagoa Vermelha-RS)
 

DE ITAQUI À SÃO GABRIEL

Mesmo distante, sigo acompanhando as coisas da minha terra, e hoje destaco a iniciativa do valente Grupo Tradicionalista de Cavalgada (GTC) Sepé Tiaraju, que resgata esta que é uma das mais bonitas e autênticas formas de preservar nossa tradições e nossos costumes. Partindo da lendária Itaqui, com destino à São Gabriel, estes bravos cavalarianos conduzirão a Chama Crioula do Rio Grande do Sul.

A trecho percorrido, uma homenagem. A Cavalgada chegará em São Gabriel no dia 7 de setembro,  encerrando o Desfile da Semana da Pátria. Ao chegar em solo gabrielense, prestarão uma homenagem a Italmir Maldonado Chaves, falecido este ano. A seguir, será entregue a fagulha da Chama Crioula de 2010 aos representantes das cidades de Santana da Boa Vista,  Caçapava do Sul e outros municípios. 

O integrante Edison Luis Martins Perlin, o Edinho Perlin, músico e radialista lá das bandas do Itaqui, mas hoje cidadão gabrielense  notando que o ato de cavalgar deveria ter algum sentido, propôs homenagear cada trecho com o nome de pessoa ilustre que contribuiu com o Movimento tradicionalista, e assim foi montado o percurso:

1. Gentil Antonio Weber (in memorian), 31Km
2. Italmir Maldonado Chaves (in memorian), 30Km
3. José Bonifácio Lederhós (in memorian), 30Km
4. José Machado (in memorian), 28Km
5. Élbio Munhoz (in memorian), 36Km
6. Mauro Pinto (in memorian), 31Km
7. Erminio Goddoy (in memorian), 33Km
8. Homero Laureano (in memorian), 35Km
9. Turibio Teixeira Machado (in memorian), 29Km
10. Orestes Goulart (in memorian), 27Km

O Grupo, foi fundado em 10 de maio de 2005 por Adalberto M. Cavalheiro, Armando P. Marques, Clóvis Gabriel M. Weber, Haroldo Francisco F. Dubois, Luis Paulo R. Pereira e Marco Antonio R. Moreira.

O GTC Sepé Tiaraju, é uma sociedade, fundada sem fins lucrativos, filiado ao MTG e CTM de São Gabriel, onde foi acolhido por seus fundadores vários tradicionalistas oriundos de CTGs, PTGs e amigos não ligados aos movimentos que sentiam falta de organização de cavalgadas pela pampa Riograndense.

Conforme Decreto Executivo Municipal 169/2006, assinado pelo Prefeito Municipal nos usos de suas atribuições é criada a Chama da Tradição, como homenagem ao Índio Sepé Tiaraju, que foi acesa no dia 25 de agosto de 2006 na cabeceira da Sanga da Bica, sendo carregada em todas as cavalgadas oficiais realizadas pelo GTC Sepé Tiaraju e deverá ficar acesa diuturnamente.

O GTC foi declarado entidade de Utilidade Pública Municipal pela Lei nº 2975 de 30 de outubro de 2006. Há anos, a entidade vem também participando dos concursos da Reculuta Municipal, conseguindo destaque crescente nos últimos anos.

A estes bravos da minha querência, nossa homenagem e votos de sucesso nesta jornada!

FONTE DE CONSULTA: BLOG CONTEXTO ONLINE http://www.revistacontextosg.com/, DO JORNALISTA MARCELO RIBEIRO.
 

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

SAINDO DA "CAVERNA"...

Platão viu a maioria da humanidade condenada a uma infeliz condição. Imaginou (no Livro VII de A República, um diálogo escrito entre 380-370 a.C.) todos presos desde a infância no fundo de uma caverna, imobilizados, obrigados pelas correntes que os atavam a olharem sempre a parede em frente. O que veriam então? Supondo a seguir que existissem algumas pessoas, uns prisioneiros, carregando para lá para cá, sobre suas cabeças, estatuetas de homens, de animais, vasos, bacias e outros vasilhames, por detrás do muro onde os demais estavam encadeados, havendo ainda uma escassa iluminação vindo do fundo do subterrâneo, disse que os habitantes daquele triste lugar só poderiam enxergar o bruxuleio das sombras daqueles objetos, surgindo e se desafazendo diante deles. Era assim que viviam os homens, concluiu ele. Acreditavam que as imagens fantasmagóricas que apareciam aos seus olhos (que Platão chama de ídolos) eram verdadeiras, tomando o espectro pela realidade. A sua existência era pois inteiramente dominada pela ignorância (agnóia).

Se por um acaso, segue Platão na sua narrativa, alguém resolvesse libertar um daqueles pobres diabos da sua pesarosa ignorância e o levasse ainda que arrastado para longe daquela caverna, o que poderia então suceder-lhe? Num primeiro momento, chegando do lado de fora, ele nada enxergaria, ofuscado pela extrema luminosidade do exuberante Hélio, o Sol, que tudo pode, que tudo provê e vê. Mas, depois,
reprodução (estátua de Rodin)
   Livre é quem pensa
aclimatado, ele iria desvendando aos poucos, como se fosse alguém que lentamente recuperasse a visão, as manchas, as imagens, e, finalmente, uma infinidade outra de objetos maravilhosos que o cercavam. Assim, ainda estupefato, ele se depararia com a existência de um outro mundo, totalmente oposto ao do subterrâneo em que fora criado. O universo da ciência (gnose) e o do conhecimento (espiteme), por inteiro, se escancarava perante ele, podendo então vislumbrar e embevecer-se com o mundo das formas perfeitas. 


Aos que andavam sentindo minha ausência, eis a resposta!! Aos poucos estou me libertando da "caverna"...
Depois de tanto tempo, voltei aos estudos e estou me dedicando de corpo  e alma aos estudos da "Ciência Universal" como diziam os antigos gregos, a fascinante Faculdade de Filosofia. Mas, assim que for possível, estarei postando novidades.


Grande abraço!!!!