Existem momentos na vida da gente que jamais esquecemos. Ontem vivi um desses momentos. Partimos de São Gabriel da Cachoeira às 12 horas, a bordo de uma aeronave da FAB com destino a dois lugares encantadores. O primeiro deles, Yuaretê, local do 1ºPEF (foto acima), onde valorosos soldados da farda verde-oliva guarnecem nossas fronteiras com a Colômbia. Este distrito fica há 250 Km de São Gabriel, às margens do rio Uaupés, afluente do rio Negro. Foi inaugurado em junho de 1988 e desde aquela data exerce sua nobre missão de zelar pela soberania nacional. O "Sentinela da Cachoeira das Onças" é um local aprazível, com casas de madeira rodeadas por grama verde por todos os lados, se confundem com a paisagem exuberante da selva amazônica.
O segundo lugar visitado, foi o belo distrito de Maturacá, onde o 5º PEF cumpre sua missão de guarnecer a fronteira com a Venezuela. Aos pés do Maciço da Neblina ( abaixo e ao lado), é o local de onde partem os bravos que ousam escalar o pico mais alto do Brasil.
Um lugar de beleza sem igual, rodeado de montanhas, de um lado a Serra do Padre, de outro a gigantesca cadeia de montanhas que esconde o teto do Brasil.
O 5º Pelotão Especial de Fronteira está instalado no Parque Nacional do Pico da Neblina e foi inaugurado em junho de 1994, sendo ambos subordinados ao 5º BIS, unidade sediada em São Gabriel da Cachoeira. Nos Pelotões de Fronteira vivem muito mais do que soldados. Ali vivem verdadeiros cidadãos brasileiros, homens, mulheres e crianças que com a força de seu trabalho e dedicação prestam inestimáveis serviços às comunidades isoladas deste Brasil que poucos conhecem. Vivenciar o dia a dia destes bravos é aprender a amar cada vez mais esta floresta, esta Amazônia que desperta a ganância de tantos, mas que é nossa por direito. Podem não notar, mas estaremos "sempre" lá.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
XV FESTRIBAL
Neste final de semana estivemos participando da maior atividade cultural do noroeste do Amazonas, o XV FESTRIBAL, Festival das Tribos do Alto Rio Negro, onde tivemos a oportunidade de presenciar diversas manifestações culturais dos povos que habitam a região. O Festribal é o espaço onde se reunem parte das 23 etnias que habitam a região do Alto Rio Negro, um evento de encontro entre representantes destas populações como um grande kuarup.
Centenas de pessoas lotaram o Ginásio Quirinão, para ver de perto as apresentações das delegações vindas de diversas comunidades, como Yauarete, Pari-cachoeira, Maturacá, entre outras e as magníficas apresentações das Associações Culturais Tukano e Baré, as duas maiores do município.
Um dos grandes momentos do festival é a escolha da rainha do Festribal, a Kuña Muku Poranga (fala-se cunhã mucú poranga). O concurso reune meninas entre 13 e 18 anos de acordo a concepção do ápice da beleza feminina considerada pelos sábios da tribos.
Centenas de pessoas lotaram o Ginásio Quirinão, para ver de perto as apresentações das delegações vindas de diversas comunidades, como Yauarete, Pari-cachoeira, Maturacá, entre outras e as magníficas apresentações das Associações Culturais Tukano e Baré, as duas maiores do município.
Um dos grandes momentos do festival é a escolha da rainha do Festribal, a Kuña Muku Poranga (fala-se cunhã mucú poranga). O concurso reune meninas entre 13 e 18 anos de acordo a concepção do ápice da beleza feminina considerada pelos sábios da tribos.
domingo, 18 de abril de 2010
16º SORTEIO DO GRUPO ÁGUIA
O Águia ANTÔNIO AUGUSTO BUENO, de Porto Alegre foi o contemplado com o nosso livro DE TEMPO E SAUDADE, no sorteio realizado no dia 10 de abril, extração da loteria federal. O Grupo ÁGUIA (AMIGOS UNIDOS INCENTIVANDO AS ARTES) foi idealizado pelo escritor Roberto Rossi Jung e reúne atualmente mais de 800 associados em todo o Brasil. Dentre as inúmeras atividades desenvolvidas, está esta troca de experiência entre os Águias escritores, sendo sorteado um livro por mês, entre os associados.
"Quando todos derem sua contribuição pela cultura, o Brasil será uma grande nação."
domingo, 4 de abril de 2010
NA HORA DO MATE
O sol preparava pra abraçar o campo
Tintando matizes por sobre o poente
No peito um vazio que não era saudade
Desses que machucam o coração da gente...
Há tempos que andava, buscando respostas
Pra muitas perguntas que surgem na vida
Se é que Deus existe, porque anda ausente¿
Da vida de tantos com a alma sofrida...
Cevei um amargo, pra matear solito
Na hora sagrada de se encontrar
Foi quando um Gaúcho de idade avançada
De pilcha surrada e bondade no olhar...
Entrou no meu rancho num raio de luz
Com as rédeas do mundo na palma da mão
Me deu um abraço e disse, meu filho
Escute o que eu digo com muita atenção...
Eu habito as coisas mais simples da vida
O abraço sincero de um grande amigo
Sou o sol que ilumina teu alvorecer
E hoje estou aqui, vim matear contigo...
Sou a água pura que ceva teu mate
E o verde da erva em cor de esperança
Sou o olhar dos velhos, cheio de ternura
E o doce sorriso de uma criança.
Proseamos bastante, em fração de segundos
Mas me disse coisas de uma vida inteira
Disse que habitava as léguas de campo
O fundo dos rios e as cordilheiras...
As aves do céu e os seres andantes
Nas quatro estações, ora frio ou calor
O ciclo Terra e a seiva da vida
Era o Deus dos homens, de Paz e de Amor.
Ivonir Gonçalves Leher, São Gabriel da Cachoeira – AM, 24 de dezembro de 2009
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