sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA, SEU POVO...










São Gabriel da Cachoeira. Estou aqui há mais de um mês, e o que pude observar desta linda cidade é que além de suas infindáveis belezas naturais, ela possui um povo muito acolhedor e alegre. Com sua população predominantemente indígena, em torno de 95% são descendentes diretos, sua gente feliz recebe muito bem os novos habitantes.

Há curiosidade de ambas as partes, da nossa ao conhecer seus hábitos e costumes como o tradicional Chibé, uma mistura de farinha de mandioca com água ou suco de açaí, que os nativos consomem pela manhã ou durante o dia, uma mistura rica em carboidratos, que o sustentam para a dura labuta diária. Quando preparo meu chimarrão e sento na calçada, em frente a casa onde estou morando, eles observam curiosos, por enquanto ainda não experimentaram, mas com certeza vão achar muito quente...

Por aqui se bebe muita cerveja, muito mesmo. Como não existe coleta seletiva de lixo e nem recicladores, todas as noites observo dezenas de latas de cerveja jogadas na sarjeta, fruto de um dia todo de consumo.

Como estou morando na Avenida Castelo Branco, a avenida principal da cidade, tenho o privilégio de observar os hábitos deste povo. Por aqui passam todo o dia centenas de pessoas, num vai e vem constante entre o Porto Queiróz Galvão e o comércio local, desde o início do dia até o começo da noite. A população que vive nas comunidades ao longo do Rio Negro, utilizam este importante porto para reabastecer suas dispensas. O Queiróz Galvão funciona como uma rodoviária fluvial, tal o enorme fluxo de embarcações que se observa nas suas margens. Embarcações estas de todo o tipo, barcos de 2 andares, canoas, bongôs (canoas feitas de troncos de árvores), balsas de pequeno porte, 2 postos de combustível flutuantes, etc...

É um tanto de gente num vai e vem, nestas artérias de águas escuras que dão vida ao noroeste do Amazonas.

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