domingo, 27 de dezembro de 2009

NATAL NA SELVA

Meu primeiro Natal na cidade de São Gabriel da Cachoeira foi um Natal diferente...
Primeiro por passar longe dos familiares, segundo por ver como este povo do noroeste da Amazônia celebra o nascimento de Cristo.
Pude observar um povo muito religioso. Celebram-se missas e cultos na noite de Natal. As ruas ficaram iluminadas com milhares de lampadas coloridas dando mais vida a esta data tão bonita. Observei em inumeras casas, das mais humildes às mais luxuosas, uma decoração feita com esmero para a ceia natalina. Nos pátios e áreas das casas, balões vermelho e verde enfeitavam mesas e davam um toque especial à decoração. O comércio que já é movimentado, estava ainda mais, vendendo uma quantidade incrível de panetones, frutas, aves, carne de porco, bebidas, etc...
Não pude presenciar as festas nas aldeias e cumunidades, mas pelas informações de alguns descendentes que conheço, por lá a festa também foi animada.

assim é São Gabriel, muito alegre, efervecente, tranquila, cativante...

Que o ano de 2010 seja de muitas alegrias e realizações para todos!!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

MANAUS

A capital do estado do Amazonas está localizada à margem esquerda do rio Negro, e teve origem em um pequeno arraial formado em torno da fortaleza de São José do Rio Negro, criada para guarnecer a região de possíveis investidas dos inimigos, em 1669. Erguida à base de pedra e barro, sem fosso e quadrangular, a construção foi chamada de Forte de São João da Barra do Rio Negro e ficava a três léguas da foz do rio. Durante 114 anos, o forte manteve suas atividades de defesa da região.
O arraial foi fundado em 1669, passando a ser o Lugar da Barra e tornando-se sede da capitania de São José do Rio Negro (1758). No princípio do século XIX, em 1833, foi elevado à categoria de vila com o nome de Manaós, em homenagem à tribo de mesma denominação que se recusava a ser dominada pelos portugueses e negava ser mão-de-obra escrava. Quando recebeu o título de cidade, em 24 de outubro de 1848, era um pequeno aglomerado urbano, com cerca de 3 mil habitantes, uma praça, 16 ruas e quase 250 casas.

O apogeu da capital do Amazonas aconteceu com o látex, extraído das seringueiras, matéria prima da borracha. Fruto desta importante atividade econômica, a antiga Manaus foi a cidade mais rica do País. A "metrópole da borracha" tem início em 1900. Nessa época, o crescimento e desenvolvimento da capital acontecem com traços culturais, políticos e econômicos herdados dos portugueses, espanhóis e franceses. A riqueza do látex proporcionou uma reviravolta estrutural, implantando serviço de transporte coletivo de bondes elétricos, sistema de telefonia, eletricidade e água encanada, além de um porto flutuante, que passou a receber navios de diversas bandeiras e tamanhos.

Depois da borracha, veio a Zona Franca de Manaus. A cidade ganhou um comércio de importados e depois um pólo industrial onde se concentram centenas de fábricas. Com a Zona Franca, a capital voltou a experimentar um súbito crescimento demográfico: a população passa de 200 mil habitantes na década de 60, para 900 mil nos anos 80 e, finalmente, 1,5 milhão em 2002, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Estimativas indicam que Manaus, atualmente, possui uma população de 2 (dois) milhões de habitantes.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA, SEU POVO...










São Gabriel da Cachoeira. Estou aqui há mais de um mês, e o que pude observar desta linda cidade é que além de suas infindáveis belezas naturais, ela possui um povo muito acolhedor e alegre. Com sua população predominantemente indígena, em torno de 95% são descendentes diretos, sua gente feliz recebe muito bem os novos habitantes.

Há curiosidade de ambas as partes, da nossa ao conhecer seus hábitos e costumes como o tradicional Chibé, uma mistura de farinha de mandioca com água ou suco de açaí, que os nativos consomem pela manhã ou durante o dia, uma mistura rica em carboidratos, que o sustentam para a dura labuta diária. Quando preparo meu chimarrão e sento na calçada, em frente a casa onde estou morando, eles observam curiosos, por enquanto ainda não experimentaram, mas com certeza vão achar muito quente...

Por aqui se bebe muita cerveja, muito mesmo. Como não existe coleta seletiva de lixo e nem recicladores, todas as noites observo dezenas de latas de cerveja jogadas na sarjeta, fruto de um dia todo de consumo.

Como estou morando na Avenida Castelo Branco, a avenida principal da cidade, tenho o privilégio de observar os hábitos deste povo. Por aqui passam todo o dia centenas de pessoas, num vai e vem constante entre o Porto Queiróz Galvão e o comércio local, desde o início do dia até o começo da noite. A população que vive nas comunidades ao longo do Rio Negro, utilizam este importante porto para reabastecer suas dispensas. O Queiróz Galvão funciona como uma rodoviária fluvial, tal o enorme fluxo de embarcações que se observa nas suas margens. Embarcações estas de todo o tipo, barcos de 2 andares, canoas, bongôs (canoas feitas de troncos de árvores), balsas de pequeno porte, 2 postos de combustível flutuantes, etc...

É um tanto de gente num vai e vem, nestas artérias de águas escuras que dão vida ao noroeste do Amazonas.